Arrependimento

Uma coisa que tentamos negar com todas as forças, é que nossa cultura está permeada pela cultura judaico-cristã. Mais do que isso, tentamos negar o que é comum a todos os seres humanos: a noção de que há um Deus Criador. Há coisas que são inatas, seja para um executivo paulista, seja para algum aborígene australiano que nem sabe o que é televisão. Sendo humanos, têm muito em comum, por mais que se negue.

Pode-se falar muito disso, mas vou ficar só com este tema de arrependimento por hoje.

O arrependimento existe porque temos muito clara a noção básica de certo e errado, de bom e ruim, de bem e mal. Isso tem a ver com a existência da própria verdade, que se procura relativizar (e com isso deixar todo mundo neurótico, cheio de incertezas e contradições) [ver post sobre isso no blog Dez Real]. São coisas básicas, naturais no ser humano, e que a civilização está tentando rebentar, sabe-se lá por que motivo. Para deixar todo mundo doido e dependente de remédios, penso eu.

Mas, enfim: qualquer pessoa a partir da idade da razão - a partir dos 7 anos, e conforme seu desenvolvimento mental - já sabe o que é certo e errado. Tem noção de que uma escolha ruim tem consequências. O que se prega é a negação desse conhecimento!

Quando a gente erra sem querer, logo pensa: “ops, que mancada!”, “ai! agora já foi...” - não é mesmo? A gente tem aquela sensação de ter errado ou vê uma consequência inesperada e sente: “puxa, eu poderia ter evitado...” Isso é um arrependimento.

Mas quando a gente erra de propósito, do tipo “tô errado sim, e daí?”, ou “os outros também fazem isso e eu vou fazer”, nessa atitude está nitidamente expresso nosso orgulho. E “ai” de quem nos disser que estamos errados! Jogamos em cima todo tipo de clichê e frase feita que se ouve por aí: “você não tem o direito de me julgar”, “você não é o dono da verdade”, blábláblá... - e se fica empacado na mesma situação.

O problema é que a gente pensa que nossos erros, escolhas, opções, têm a ver só com a gente. E aí somos durões, porque não podemos deixar que os outros nos digam que estamos errados. Até posso - de veeeez em quando - reconhecer meu erro, mas ninguém pode me dizer que estou errada. Que “lindo”! E isso vai me levar aonde? Vou ficar em paz? Ou vou ficar sempre pronta para me defender do outro, ou pronta para atacar logo que abrem a boca pra me dizer alguma coisa?

O negócio é tão mais além... porque, no fundo, sempre é entre nós e Deus. Mas não entre nós e o “deusinho” que criamos para nós e que nos deixa confortáveis com nossa miséria, não... É entre nós e o Deus que nos criou para o Amor. (a propósito, Amor não é um sentimento, porque os sentimentos são passageiros...) 

Pense bem se você tem certeza de que Deus criou você para ter a vida que você tem hoje.

Mas não fique naquela ladainha de que “meu pai fez isto, minha mãe fez aquilo, meus amigos faziam não sei o quê...” para se justificar dos seus próprios erros (os erros dos outros são problemas deles!). Busque ficar em paz com sua própria história de vida [ver post anterior] e veja como está seu relacionamento com Deus, e com tudo o que Ele significa: verdade, misericórdia, justiça, equilíbrio, harmonia,...

E enfim cresça para o amor e a liberdade necessários para se arrepender do que já fez e faz de errado, em todos os níveis: com sua família, consigo mesmo, com aqueles que dependem de você de alguma forma,...

Aí então, pelo arrependimento, você estará em paz com Deus. Com o mundo inteiro.

Por outro lado,... sem arrependimento e reconciliação não há paz!

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