O culpado foi Deus!

Numa de suas revoltas, um amigo me disse que teve a seguinte resposta de Deus: “Culpe a Mim, fui Eu o culpado por isso ter acontecido”.

Confesso que nunca consegui colocar na cabeça que Deus fosse culpado por alguma coisa na minha vida. Deus é Amor, Deus é Bom, etc... como poderia dizer que Deus tivesse alguma culpa do que alguma vez me aconteceu?

Até que entendi o mecanismo desse pensamento. Não direi que é algo fácil, porque contraria muitas coisas dentro de nós. Mas faz com que os acontecimentos sejam aceitos.

Não tenho a capacidade de tocar profundamente no assunto, por isso peço perdão pelas lacunas... espero, porém, que este post ajude a alguém.

É complicado a gente pensar em permissão de Deus para que algo aconteça. Algumas vezes me puseram contra a parede para que eu desse respostas a isso, e não consegui; respondi simplesmente que o problema é a negação do amor por parte dos homens, e que as coisas más só aconteciam por causa dessa rejeição de Deus por parte da humanidade.

O negócio é um pouco mais complexo, e tem a ver com o desequilíbrio causado pelo pecado: Deus permite que o homem escolha, porque Ele o fez livre; a escolha pelo mal é o pecado, e aí entra a Redenção para reequilibrar as coisas. Numa análise grosseira, posso chegar a considerar que Deus é o culpado pelo mal que me afligiu, simplesmente porque Ele o permitiu. A Redenção dessa situação se dá quando eu aceito que aquilo que me aconteceu veio por permissão dEle e que, portanto, não foi um mal absoluto, mas pode ser transfigurado em minha vida - sempre pela graça de Deus - e assim desse mal surgirá algum bem. Normalmente, será um bem para muitas pessoas, não apenas para mim.

Um exemplo disso: quantas vezes se ouve contar histórias de vidas profundamente feridas, das quais as pessoas se ergueram e se dedicaram a ajudar outros em situações semelhantes! O simples testemunho de vida acaba tendo um impacto profundamente redentor para outras pessoas: a simples indicação de que existe uma solução, de que é possível levantar-se e seguir adiante.

As situações não precisam ser tão dramáticas... o “mal” que nos afligiu pode ter sido uma crise existencial, mesmo quando tudo ao redor estava bem. E quantas vezes o “mal” que nos atingiu nos livrou de verdadeiros males, até irreversíveis!

Estive com muita necessidade de aceitar fatos passados, e foi considerando a “culpa” de Deus neles que estou caminhando para sua aceitação.

Comecei, é claro, com a típica revolta pelas coisas acontecidas, uma vez que ainda sofro suas consequências: como poderia achar que foi bom o que ainda me traz sofrimento? Depois, passei a esse pensamento: Deus foi o “culpado”. E então considerei: o que Ele queria com isso? O que havia realmente por trás disso? O que devo aprender com isso? O que Deus quer de mim?

É curioso porque não tenho as respostas, mas enfim estou encontrando Paz com minha própria história.

“Eu vos exalto, ó Senhor,
porque vós me livrastes!” (Sl 29)

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